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Marte já tem condições de aver vida
Cientistas da Agência Espacial Americana declararam que o planeta Marte já teve condições de abrigar vida. A análise à distância de amostras do solo coletadas pela nave-robô Curiosidade em uma região que já foi um rio ou um lago encontrou enxofre, nitrogênio, oxigênio, fósforo e carbono. Esses elementos químicos são fundamentais para o desenvolvimento de micro-organismos. ANasa afirmou que o planeta Marte, em algum momento, já teve um ambiente capaz de abrigar vida em escala microscópica.
Novo Papa
Em um Vaticano blindado por mil agentes de segurança, começou o rito da igreja que escolhe o papa. Bem cedo, os cardeais começaram a deixar a casa Santa Marta em direção à Basílica de São Pedro.
O de Caracas, Urosa Savino, parecia feliz. "Tudo é possível", respondeu ao ser indagado se o papa poderia ser latino americano.
Já dentro da basílica, um descontraído cardeal Gianfranco Ravasi dava um autógrafo a um jovem padre. O filipino Luis Antônio Tagle, sorridente. E Dom Odilo Scherer, reflexivo.
Às 10h da manhã no Vaticano, 6h em Brasília, os cardeais entraram para a missa que abriu o conclave. As roupas, a liturgia em latim e coro de vozes deram a justa comoção a um acontecimento raro na história da igreja.
Presidida pelo decano do colégio dos cardeais, Angelo Sodano, a missa foi concelebrada por
180 cardeais. Na Homilia, Sodano pediu a unidade da igreja e desejou um papa com o coração generoso que promova a paz e a caridade. Agradeceu ao Papa Emérito Bento XVI pelo seu pontificado brilhante. Toda a imensa basílica aplaudiu.
Na chuva fria de fim de inverno, os católicos acompanharam a missa pelos telões espalhados na praça São Pedro. Um homem mostrava confiança em um papa do Brasil.
15h45. Nas orações na Capela Paolina, o vice-decano Giovanni Battista Re lembrou que todos estavam ali para escolher o sumo pontífice. Às 16h32, os cardeais percorreram o longo corredor em direção à Capela Sistina. Prestaram um juramento coletivo e individual, com a fórmula em latim e a mão sobre o evangelho: “Prometo, me obrigo e juro.” Os brasileiros, com Dom Odilo. O favorito Scola. O americano Dolan. No fim, o "mestre de cerimônia", Guido Marini, pronunciou o "Extra Omnes"; na língua latina, “todos fora”.
A Capela Sistina, com a força dos afrescos geniais de Michelangelo, foi entregue aos 115 cardeais eleitores. A porta foi fechada às 17h34. Depois, o silêncio, quebrado apenas pelos rumores da praça, da pequena multidão que esperou pela fumaça mensageira até as 19h42.
A tradição e as previsões se confirmaram. Fumaça preta na primeira votação deste conclave, considerado um dos mais incertos dos últimos 100 anos. A praça reagiu, teve pressa em conhecer o novo papa.
Para o vaticanista Marco Tosatti, quinta-feira os católicos terão o seu papa. Nesta terça, ele publicou que os cardeais brasileiros estariam divididos, como os italianos, alemães e franceses.
Na última reunião de congregação, nesta segunda, Dom João Braz de Aviz teria discutido com Tarcisio Bertone, ex-secretário de estado do Vaticano. Dom João teria falado claramente do seu descontentamento com o Banco do Vaticano e a cúria romana. Mas Dom Odilo Scherer teria defendido a cúria. Tosatti, a principio, pensou que Dom Odilo perderia votos com isso. Mas depois repensou: “Talvez até ganhe mais apoio. E continua um candidato forte.”
Br obra de hospital
A partir das 9h desta quinta-feira (14), será interditada uma parte da rotatória da BR-101 Sul, próximo ao Hospital Dom Hélder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. O trecho vai ficar fechado no sentido Recife - Suape para que sejam realizadas as obras de construção do Complexo do hospital.
De acordo com o superintendente de operações da Rota do Atlântico e responsável pela obra, Ivan Moraes, a interdição vai agilizar a construção do complexo. "Queremos agilizar a conclusão dessas obras. A intenção é adiantar de 20 a 30 dias com a interdição", explica o superintendente.
Para quem faz esse trajeto com frequência, a alternativa é entrar na Avenida Miguel Arraes, cerca de um quilômetro antes da rotatória. Por ela, é possível atingir o quilômetro 92 da BR-101, mais adiante, e seguir normalmente em direção ao centro do Cabo de Santo Agostinho. "Fizemos uma requalificação na Miguel Arraes. Sinalizamos um pouco melhor, melhoramos os quebra-molas e recuperamos pavimento para dar tranquilidade ao motorista", garante Ivan Moraes.
O trecho vai permanecer fechado durante alguns meses, até o fim da conclusão das obras, previstas para o mês de junho deste ano.
Protestos desta quinta são marcados por excessos da polícia e vandalismo
Pessoas ficaram feridas, como uma jornalista que levou um tiro de bala de borracha no olho. Ao todo, mais de 200 manifestantes foram detidos.
Nesta quinta-feira (13), a capital de São Paulo viveu mais um dia de protesto contra o aumento das passagens de ônibus, determinado pela prefeitura, e do metrô e dos trens, pelo governo do estado. A manifestação, que começou pacífica, foi marcada por excessos da polícia e, no fim, por atos de vandalismo de quem protestava.
Os manifestantes estavam chegando ao lugar marcado para o protesto e a polícia queria saber o que eles levavam nas mochilas. Pelo menos 30 foram detidos naquele momento. Segundo a PM, eles tinham pedras e bombas caseiras.
Um rapaz protestava contra as prisões quando também foi levado. No grupo preso, um repórter da revista Carta Capital, que estava a trabalho. Ele mesmo registrou a prisão.
“Qual o objetivo do vinagre?”, perguntou o policial.
“Porque da última vez eu tive problema com gás lacrimogêneo, sendo que eu estava fazendo o meu trabalho”, respondeu o repórter.
“Pode ficar ali com a mão pra trás”, disse o policial.
“Como é que é, eu estou sendo preso, é isso?”, perguntou o repórter.
Os manifestantes partiram da frente do Teatro Municipal de São Paulo em uma caminhada pacífica. Quando chegaram à rua da Consolação, passaram por uma barreira de policiais.
O movimento queria esticar o trajeto e começou uma negociação com a polícia, registrada pelo jornal O Estado de São Paulo.
Um policial prevê confusão. “É só questão de cumprir acordo. Agora, se não é para cumprir o acordo, não reclame do resultado”, afirma o major Lídio, da Polícia Militar de São Paulo.
Quando o grupo chegou a uma segunda barreira formada pela Tropa de Choque, os policiais começaram a disparar sem que tivessem sido agredidos pelos manifestantes, como conta o repórter Jeann Raupp.
“Nós estamos na Rua da Consolação e o primeiro confronto. A gente não consegue entender direito o que aconteceu. Existia um acordo com a polícia de não subir a rua da Consolação em direção à Avenida Paulista, mas isso não foi cumprido”, disse o repórter.
Uma manifestante reclama da polícia. “Nós estávamos parados, aguardando e durante esse processo de negociação, quando aguardávamos a resposta, começou esse tipo de ação desproporcional”, contou a ativista Mayara Vivian.
Como resposta, os manifestantes começaram a lançar pedras e fogos de artifício. “Eu estava indo para a faculdade. O protesto estava sendo normal, quando de repente começou a estourar bomba aqui. Isso partiu da PM. Depois começou a generalizar tanto de um lado como do outro”, ressaltou o estudante José Augusto Portela.
O repórter Fábio Turci mostrou que, em determinado momento, o tumulto aconteceu no meio da população. A Tropa de Choque estava de um lado, disparando bombas de gás, bombas de efeito moral e tiros de borracha. Do outro lado, motoristas parados no trânsito, entre os manifestantes.
Uma médica foi pedir socorro em um posto de combustíveis. “Estava no carro e larguei ele lá, com um monte de gente em cima”, contou.
No tumulto, pessoas feridas. Uma jornalista da Folha de São Paulo levou um tiro de bala de borracha no olho. Outra bala de borracha atingiu um estudante nas costas. “Não sou eu que estou transtornado. Você acha que eu vou partir para cima de alguém com arma na mão?”, afirmou o estudante de psicologia Felipe Martins. Um repórter do G1, portal de notícias da Globo, foi atingido enquanto registrava a confusão.
Um ônibus foi pichado. Imagens gravadas pela própria polícia mostram os policiais tentando dispersar os manifestantes com uma sequência de bombas.
No meio do confronto, um ônibus levou os últimos passageiros, que desceram do veículo em pânico. Um homem com o rosto coberto tentou depredar o ônibus. E a batalha da Consolação continuou.
À medida que os policiais do Choque avançavam, os manifestantes ateavam fogo em lixo para deter o avanço da tropa. Dispersos, os manifestantes se dividiram entre várias ruas. A polícia também circulou e continuou atirando.
Imagens mostram um policial quebrando o vidro de um carro da própria polícia. Segundo a PM, o vidro já estava quebrado e o policial estava retirando os estilhaços. Mas os manifestantes dizem que ele fez isso para colocar a culpa em quem protestava.
Na Paulista, os manifestantes continuaram espalhados. Um grupo sentou ao lado de uma estação do metrô. E, mesmo sem sofrer agressão, a Tropa de Choque atirava.
Perto dali, a polícia atirou bombas de gás, até perto de ônibus que estavam passando. Policiais abordaram pessoas que estavam em um café na Paulista. Um casal foi jogado no chão. “O policial começou a me bater sem me perguntar nada”, conta um homem. Seguranças de um centro comercial agrediram manifestantes.
O protesto resultou novamente em vandalismo. Ruas da região da Paulista ficaram cheias de lixo espalhado. Prédios tiveram vidros quebrados. Ao todo, mais de 200 participantes do protesto foram detidos. A polícia mostrou máscaras e armas que estariam com alguns deles. Todos foram ouvidos e liberados, exceto quatro, presos em flagrante por formação de quadrilha, incitação ao crime e dano qualificado, e transferidos nesta sexta para uma penitenciária do interior.
Com os participantes do protesto cada vez mais espalhados, a violência acabou mais de quatro horas depois do primeiro confronto.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, os 13 manifestantes detidos nos protestos de terça-feira (11) já foram liberados.
Presidente Dilma Rousseff assina decreto e reajusta salário mínimo
A presidente Dilma Rousseff assinou, nesta segunda-feira (23), o decreto que reajusta o valor do salário mínimo para R$ 724, a partir de janeiro. É um aumento de 6,78 % sobre o valor atual. Esse é o mesmo reajuste aprovado pelo Congresso na semana passada, na proposta orçamentária para 2014.
Dilma não será multada por levar neto no colo em carro no RS, diz EPTC
Após levar o neto no colo no banco traseiro de um veículo em Porto Alegre na última sexta-feira (20), Dilma Rousseff não será multada, segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). A presidente reconheceu o erro e pediu desculpas em sua conta oficial no Twitter. A empresa é o órgão fiscalizador de trânsito da capital do Rio Grande do Sul.
"A própria presidente reconheceu o erro. Em termos de autuação, só podemos multar se presenciarmos o fato. Por fotografia nenhum agente de fiscalização pode lavrar o auto", explicou o diretor da EPTC Carlos Pires ao G1.
Dilma estava no estado para a inauguração da BR-448. No Twitter, ela explicou que levava o neto da casa da filha à residência do avô na Zona Sul de Porto Alegre. "Estive hoje na casa da minha filha e, de lá, levei meu neto à casa do avô, que fica no mesmo bairro. Meu neto foi abraçado comigo no banco de trás. Foi um erro. A legislação de trânsito é clara: criança tem que andar na cadeirinha. Peço desculpas pelo erro", escreveu a presidente na rede social.
A resolução nº 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de 28 de maio de 2008, conhecida como "Lei da Cadeirinha", determina que crianças com menos de 10 anos sejam transportadas no banco traseiro de veículos, usando cinto de segurança ou um sistema de retenção. Para crianças com até sete anos e meio, o sistema pode ser um berço para bebês, uma cadeirinha auxiliar ou uma proteção antichoque acoplado ao banco.
O descumprimento sujeita o infrator ao artigo 168 do Código Brasileiro de Trânsito. A infração é considerada gravíssima, passível de multa e retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.